Oficinas
As oficinas e atividades acontecerão na Escola Joaquim Alvarenga, com diferentes grupos de crianças e adolescentes durante as tardes da semana do dia 24 de novembro. Nos primeiros dois dias do festival, antes do começo das oficinas, realizaremos intercâmbios pedagógicos (um laboratório), onde os artistas de diferentes disciplinas compartilharão suas experiências, métodos e estratégias de trabalho nos processos de ensino e criação, entrelaçando teoria e prática.
Nossa intenção é trabalhar novas formas de ensino que surgem do espaço-tempo, das necessidades e vontades dos participantes, da colaboração das disciplinas artísticas que se unem, e, a partir das questões e temáticas locais em relação ao cuidado com meio ambiente, consigo mesmo e com o outro. O objetivo é também utilizar as linguagens artísticas como forma de dar um novo sentido para nossa existência a partir do intercâmbio de diferentes realidades sociais e culturais. As linguagens artísticas, nesse sentido, são apresentados como uma nova forma para resignificar o cotidiano e desenvolver o olhar poético, a partir do intercambio, a compreensão e aceitação da diversidade de realidades (e olhares).
Residência Artistica
O Espaço Lua Branca, situado no Céu do Gamarra, será a residência de criação dos artistas envolvidos no Festival Fronteiras. Durante as manhãs da semana do festival, eles se reunirão para desenvolver um processo singular de criação que culminará em uma mostra performática no último dia de festival. A ideia da residência é promover dialogos multidisciplinares amparado na noção de tempo/espaço presente. O lugar e as pessoas das comunidades de Piracicaba e Céu do Gamarra são tema e inspiração da residência. E um espaço para a pesquisa artística de analisar, trocar e questionar seu próprio trabalho, em coletivo. É também no Espaço Lua Branca que serão feitas as pesquisas pedagógicas referentes as oficinas promovidas na Escola Joaquim Alverenga Maciel em Piracicaba. A ideia é discutir entre os artistas, técnicas e métodos de ensino, promovendo a troca de informação e aperfeiçoamento de suas práticas.
Clique aqui para saber mais sobre o Espaco Lua Branca.
Permacultura
Performances
Permacultura é a arte da escuta e do olhar para responder criativamente às mudanças. E um método holístico e integral para planejar, atualizar, e manter sistemas de escala humana (aldeias, comunidades, jardins) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis. A Permacultura origina-se de uma cultura permanente do ambiente: agricultura permanente ou cultura permanente. Baseado no questão da escuta e observação dos processos criativos da natureza que são presente nos processo artístico: “A permacultura é uma filosofia de trabalhar com, e não contra a natureza; de observação prolongada e pensativa em vez de trabalho prolongado e impensado, e de olhar para plantas e animais em todas as suas funções, em vez de tratar qualquer área como um sistema único produto.” (Bill Mollison) A ênfase está na aplicação criativa dos princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções e pessoas em um ambiente produtivo e com estética e harmonia. A permacultura proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes. Os três pilares da Permacultura:
· Cuidado com a Terra
· Cuidado com as Pessoas:
· Repartir os excedentes:
Vamos trabalhar em concreto com o plantio de árvores nativas e frutíferas difundindo o conceito de permacultura, agro floresta e sustentabilidade na região, integrada com a necessidade de promover a participação comunitária na construção de laços socais e ambientais.
Produziremos mostras performáticas multidisciplinares com os artistas participantes do evento e uma mostra dos processos criativos realizados nas oficinas com as crianças e adolescentes. Isto se dará nos espaços públicos do vilarejo de Piracicaba e da comunidade do Céu do Gamarra.
Núcleo conceitual
A Arte nos Processos de Transformação Social
Entendemos a arte e as práticas criativas como significados de nosso universo cognitivo e somatico e nosso campo de experiência, e não só como uma manifestação instintiva de uma experiência estética. Assim, as práticas artísticas são apresentados como processos antes de como um fim e produto, para dar visibilidade e reflexão ao nosso ambiente de vida. Também com a possibilidade de trabalhar no sentido de examinar criticamente as causas da desigualdade estrutural em situações de pobreza e exclusão, ou servir como um gatilho para repensar as sua própria existência e, assim, contribuir para a sua transformação.
Pedagogia Horizontal
Procuramos trabalhar a partir da prática de ensino - aprendizagem seguindo um processo de construção coletiva do conhecimento, construídos através de uma ligação horizontal e recíproco entre as pessoas que trabalham na relação pedagógica. Inspirado na filosofia do Paulo Freire, a prática pedagógica deve começar a superar a contradição educador-aluno; deve ser baseada em uma compreensão abrangente dos dois pólos em uma linha integradora, de modo que ambos se fazem professores e alunos. A relação pedagógica "não pode ser o ato de depositar, narrar, transferir, de transmitir conhecimentos e valores aos alunos, menos paciente, à maneira da educação “bancária”, mas um ato cognoscente.” Assim, as práticas pedagógicas apelar para uma transformação de preconceitos existentes nas extremidades da relação, superando em direção a um pensamento libertador e crítico.
A Participação Ativa
Acreditamos que a participação ativa nas decisões de cada pessoa e nas decisões coletivos é uma necessidades inerentes para a construção de uma vida crítica e consciente. Todo individuo para se desenvolver, precisa relacionasse com os outros e encontrar espaços para se expressar, trocar idéias, levantar questões e encontrar soluções, como parte de suas necessidades básicas e espontâneas. Essa participação é um processo em permanente construção, onde cada pessoa encontra o canal mais favorável, em cada momento da sua vida, de se expressar e trabalhar em prol do bem-estar.